2 de fevereiro de 2007

Queima de arquivo

Todos os arquivos de imagens que juntei em varias pastas fazendo demoradas pesquisas, foram arbitráriamente deletados por minha secretária, que acreditava com isso estar liberando um bom espaço no HD de meu computador velho, lento e antiquado.
É como se eu tivesse uma estante cheia de livros de arte, e para liberar espaço, jogasse todos os livros no lixo.
Na verdade ela apagou arquivos valiosos e indispensáveis mas com isso liberou apenas um pequeno espaço insignificante.
Portanto esse blog está suspenso. Lamento muito, mas enquanto não conseguir recuperar os meus arquivos deletados por essa obtusa não tenho como prosseguir o Arte Moderna.

10 de janeiro de 2007

VOLPI

Volpi nasceu em Lucca, na Itália, em 1896.
Mesmo tendo nascido na Itália, de onde foi trazido com menos de dois anos, Volpi é um dos mais importantes artistas brasileiros deste século.
Foi um pintor que inventou sozinho sua própria linguagem.
Isso é muito raro na arte produzida em países do terceiro mundo, cuja cultura sempre deve algo a modelos internacionais.

Filho de imigrantes, chegou ao Brasil com pouco mais de um ano de idade.

Foi decorador de paredes. Aos 16 anos pintava frisos, florões e painéis.

Sempre valorizou o trabalho artesanal, construindo suas próprias telas, pincéis. As tintas eram feitas com pigmentos naturais, usando a técnica de têmpera.


Foi um auto didata.
Sua evolução foi natural, tendo chegado à abstração por caminhos próprios, trabalhando e dedicando-se a essa descoberta.

Nunca acreditou em inspiração.

Na década de 40, abandonou a perspectiva tradicional, simplificou e geometrizou as formas. Mais tarde, chegou à abstração.
Seus gestos ficaram mais livres, dinâmicos e expressivos. A cor, mais vibrante.

Nos anos 50, as bandeirinhas das festas juninas, de Mogi das Cruzes, integraram-se às suas fachadas.
A partir da década de 60, todos os temas são deixados de lado e as bandeirinhas passaram a ser signos, formas geométricas compondo ritmos coloridos e iluminados.

Morreu aos 92 anos, em 1988, em São Paulo.

Volpi nunca se naturalizou, mas seu coração era brasileiro.