24 de fevereiro de 2006

Môka e Natasha


Môka e Natasha ,
mãe e filha
Minha filha e minha neta
no Show dos Rolling Stones
em Copacabana
Aqui logo abaixo, a Coleção Castro Maya

Grandes Coleções - Castro Maya

Raymundo Ottoni de Castro Maya (1894 - 1968), dedicou ao Rio de Janeiro grande parte de suas atividades como industrial, colecionador e defensor do patrimônio cultural.

O Museu Castro Maya, também chamado Chácara do Céu, no bairro carioca de Santa Teresa, tem uma coleção importantíssima com pinturas de Matisse, Picasso, Salvador Dalí, Monet entre outros.

E também artistas brasileiros como Portinari, Guignard, Iberê Camargo, Antonio Bandeira e Di Cavalcanti.


Matisse

Braque

Esse quadro de Di Cavalcanti, pintado em 1930 era meu.

Dr. Raymundo, fascinado pela obra, depois de alguma insistência, convenceu-me a fazer uma troca.

Ele ficou com o meu quadro e eu com seu automóvel, um Bentley de 1949.



Dr. Raymundo em seu Bentley.

20 de fevereiro de 2006

Grandes Coleções - Eva Klabin

Nascida em São Paulo, em 8 de fevereiro de 1903, Eva Klabin era a primeira das duas filhas dos imigrantes lituanos Fanny e Hessel Klabin.
Seu pai foi um dos fundadores das indústrias de papel e celulose Klabin.




Eva herdou do pai, o bom gosto e o hábito de colecionar arte.

Tornou-se durante a vida, uma compradora compulsiva de objetos de arte de todas as épocas e estilos, desde que fossem de seu agrado.

A Fundação Eva Klabin foi criada em 1990, em sua propria casa, na Lagoa Rodrigo de Freitas.


Madona e S. Sebastião - Botticelli

Tive a oportunidade de visitá-la algumas vezes.
Eva dormia de dia e nunca recebia suas visitas antes das onze da noite.

Seu requinte e gentileza sempre se refletiam em cada detalhe de suas recepções.

Máscara egípcia


Camelo da Dinastia Tang - China


Eva Klabin faleceu em 8 de novembro de 1991, mas sua fundação permanece como um legado à cidade do Rio de Janeiro.

Para conhecer o site da fundação, clique aqui.

17 de fevereiro de 2006

Galeria RELEVO

E. di Cavalcanti - 1955
No começo da década de 60 começaram a surgir algumas das primeiras Galerias de Arte cariocas : Bonino, Petite Galerie e Relevo.
Surgiram quase que ao mesmo tempo, e coincidência ou não, ficavam todas em Copacabana.


Rubens Gerchmann - 1966

Eu era um jovem empresário e fundei a Galeria Relevo com mais dois sócios.
Ficava na Av. Copacabana, com uma vitrine de forma arredondada e uma escada lateral que dava para a sala de exposições. Meu escritório ficava no subsolo com alguns quadros e esculturas de nosso acervo.


Antonio Dias - 1964

Nosso objetivo era fazer lançamentos de artistas que estavam surgindo.

Fizemos exposições entre outros tantos, de E. Di Cavalcanti, Roberto Magalhães, Rubens Gerchmann e Antonio Dias.


Roberto Magalhães - 1966

As nossas exposições traziam tanto público interessado em conhecer arte moderna que o trânsito muitas vezes ficava interrompido.
Os preços das obras vendidas nesse período eram incrivelmente baixos, se comparados aos valores que atigiram atualmente.

Sorte de quem comprou naquela época, pois esses artistas figuram hoje entre os mais consagrados da arte brasileira.

13 de fevereiro de 2006

O anjo azul

Na década de 40, a maior estrela do cinema mundial chamava-se Marlene Dietrich.
Pra quem não conheceu, era uma alemã lindíssima que fazia um sucesso indescritível.

Seu brilho superava em muito o de qualquer atriz da Hollywood de hoje.


Eu era menino e morava em Berlim, onde a atriz havia estourado alguns anos antes com o filme “O Anjo Azul” , de Josef von Sternberg.

Estava indo a pé para a escola, quando a vi no banco de trás de seu carro, parando naquele instante em um sinal de transito.

Mal pude acreditar que estava diante do anjo azul em pessoa.


Corri e consegui enfiar a cabeça pela janela do Mercedes preto, antes que o sinal abrisse.
Ela me olhou, surpresa, abriu a pasta que estava em seu colo, tirou uma foto e a autografou com uma caneta dourada.

Estendeu-a com um sorriso , piscou os olhos e o carro partiu.


Conservo aquela foto até hoje.

É a prova de que os anjos existem.

6 de fevereiro de 2006

1981

Em 1981, meu filho Jonas Eduardo decidiu ir morar na França.
Fiquei um tanto surpreso com aquela decisão, mas concordei.
Tive que admitir que seria uma chance dele aprender francês e se aperfeiçoar em um curso de pintura.


Para comprar a passagem, meu filho vendeu seu video-cassete, que ( pasmem ) era uma mercadoria bastante rara e valiosa no Brasil do começo da década de 80.

No velho continente participou de algumas exposições e salões de arte.
Quero deixar registradas aqui no blog algumas das imagens dos quadros que ele pintou por lá e que foram já vendidos.
Com certeza, esses trabalhos estão hoje nas paredes de alguns parisienses de bom gosto.


3 de fevereiro de 2006

Mangue em Copacabana

MANGUE
grafite e aquarela sobre papel - 37 x 29,5 cm.- 1929 -
Reproduzido no catálogo "Di Cavalcanti - 100 anos"
Estava passeando de carro pela Av.Atlântica, no começo da década de 60, quando vi que naquela noite havia um leilão, numa das últimas mansões da orla de Copacabana (no local onde anos depois foi erguido o imenso Hotel Othon Palace, perto da Help).
Entrei por curiosidade e naquele exato momento estavam leiloando o magnífico quadro de Di Cavalcanti “Mangue” - uma pequena obra-prima retratando com emocionante humanidade algumas mulheres da famosa e extinta zona de prostituição no bairro carioca do Mangue.

Por uma sorte inacreditável não havia nenhum outro interessado na obra, e assim consegui arrrematá-la pelo lance mínimo, que era o valor da avaliação do leiloeiro.
Esse quadro ficou em minha coleção particular durante vinte e tantos anos.
Normalmente, eu não venderia aquela obra, mas tive uma oferta irrecusável do Sr. M.



Então, fui visitar meu filho que morava em Paris com uma parte do valor da venda do "Mangue".

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